A decisão do governo federal, através do Comitê Executivo de Gestão de Comércio Exterior, em zerar a alíquota de importação de arroz, sinalizando com a compra de 400 mil toneladas até o fim do ano, terá dois efeitos possíveis: o primeiro é o de ampliar a oferta do produto, reduzindo o preço e o outro efeito é psicológico, demonstrando ao mercado que é preciso reduzir preços, até mesmo sacrificando margens, e que o governo não medirá esforços para isso.
A queda da safra mundial na ordem de 7%, o aumento das exportações brasileiros em 81% e os efeitos da alta do dólar, tanto nos custos dos insumos agrícolas como no preço final, fizeram com que este produto tivesse seu preço majorado, atingindo, em alguns casos, 30% de alta.
Não obstante a decisão em importar o volume de 400 mil toneladas, pode ser que somente 250 mil sejam efetivadas até dezembro. De qualquer maneira é uma resposta “técnica” e “política” aos agentes econômicos que operam este segmento. Com o tempo veremos os efeitos práticos da medida.